quinta-feira, 28 de junho de 2012

Mulheres vivendo com HIV/aids trocam experiências sobre atuação política e mobilização


Oficina realizada em Porto Alegre reuniu cidadãs positivas da região sul do país e de Cabo Verde, na África. Ação faz parte do projeto Saber para Reagir em Língua Portuguesa, que conta com a participação do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde.







Fortalecer a prática do ativismo e a participação cidadã das mulheres vivendo com HIV/aids no contexto da epidemia nos países de língua oficial portuguesa. Esse é o principal objetivo do projeto Saber para Reagir em Língua Portuguesa, que conta com a participação do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde.

O projeto prevê a realização, até o final de 2012, de oito oficinas – três nos países do continente africano – e cinco no Brasil. A sexta delas terminou dia 22, em Porto Alegre (RS), e contou com a participação de 15 cidadãs positivas da região Sul do país e uma de Cabo Verde, na África.

“O encontro foi um momento de discutir e apresentar as necessidades identificadas pelas mulheres no Sul do país e avançar na implementação de políticas públicas de saúde, HIV e gênero para todas”, disse o diretor-adjunto do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Eduardo Barbosa.

As ativistas elaboraram um documento contendo reivindicações e um plano de trabalho para os próximos dois anos para melhoria das respostas à epidemia de HIV/aids. A proposta foi entregue ao diretor do Departamento e às coordenações de DST/aids do Rio Grande do Sul e de Porto Alegre, que estavam presentes no evento.

O projeto Saber para Reagir busca fortalecer e estimular a participação cidadã em direitos humanos, gênero, advocacy e controle social das políticas públicas locais, para combater a diferença de gênero, além de ampliar e melhorar o acesso de mulheres vivendo com HIV a serviços de prevenção, tratamento, atenção e apoio ao HIV/aids em países de língua oficial portuguesa.

“Esperamos fortalecer a capacidade de atuação política de mais de 150 mulheres e promover oportunidades de intercâmbio de experiências e de mobilização conjunta”, afirmou Eduardo Barbosa. Segundo o diretor, no evento de Porto Alegre houve também uma pactuação no sentido de atuar em rede, fortalecendo a cooperação mútua e a troca de informações e protagonismo entre as mulheres positivas do Brasil e da África.

O projeto é realizado em conjunto com o Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas (MNCP), em atividade integrada com o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/aids (Unaids), a Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a Organização das Nações Unidas para a Ciência, Educação e Cultura (Unesco), o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e em parceria com Países Membros da Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP) – Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.


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